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  • Plano Agache, nos anos 30, previa Centro futurista com praça monumental

    Da Redação em 25 de Junho de 2022    Informar erro
    Plano Agache, nos anos 30, previa Centro futurista com praça monumental

    A gestão do prefeito Antônio Prado Júnior, entre 16 de novembro de 1926 e 24 de outubro de 1930, foi marcada pela abertura de ruas, calçamento, mudanças de alinhamento, obras de saneamento e construção de escolas.
     
    Com este fim ele contratou o urbanista francês Alfred Agache para elaborar o Plano de Remodelação, Extensão e Embelezamento da Cidade. O projeto, que ficaria conhecido como Plano Agache, pretendia organizar o crescimento do Rio, determinando áreas de expansão, prevendo a criação de redes de serviço e tratando da instalação da infra-estrutura urbana.

    O Plano Agache foi a primeira proposta de intervenção urbanística na cidade do Rio de Janeiro com preocupações genuinamente modernas.
     
    Concluído em 1930, introduziu no cenário nacional algumas questões típicas da cidade industrial, tais como o planejamento do transporte de massas e do abastecimento de águas, a habitação operária e o crescimento das favelas. 
     
    O Plano Agache era bem extenso e planejou não só, na época, a cidade do Rio de Janeiro mas toda a extensão do Distrito Federal, incluindo zonas rurais, industriais e subúrbios e sua ligação com as demais cidades e regiões do país. 
     
    Na ponta do Calabouço seria construída uma praça monumental, "a entrada do Brasil" e quarteirões de edifícios com praças e calçadas.
     
    Para inaugurar o conjunto, seria realizada uma exposição universal para para atrair a atenção do mundo para a nova cidade. 
     
    O plano antecipou em 30 anos algo similar planejado em Brasília, a nova capital federal. Uma cidade dividida rigidamente por setores, como hoteleiro, comercial, residencial.

    O projeto nasceu três anos depois do lançamento de Metropolis e foi a tentativa do Agache de criar a sua propria cidade futuristica - impossível de existir na vida real, ao menos que demolissem todo o Rio de Janeiro e criassem uma cidade do zero.
     
    Agache planejou a construção da Praça do Castelo, que seria cortada por três grandes avenidas. Cada uma delas teria um enorme edifício na esquina com a praça. 

    Integrava a proposta de Agache a construção, em aterro a ser feito na Glória, da Entrada do Brasil: um espaço monumental à beira-mar que afirmasse, simbolicamente, o poder da nação.
     
    Acabou que, como sempre, não foi adiante e poucos projetos de Agache saíram do papel.
     


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