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  • Teatro Alcazar Lyrique, a coqueluche do Rio no século XIX

    Da Redação em 08 de Junho de 2022    Informar erro
    Teatro Alcazar Lyrique, a coqueluche do Rio no século XIX

    O Alcazar Lyrique era um teatro de variedades do Rio, aberto em 1859, nos moldes do teatro criado por Offenbach em Paris, onde a plateia era participante da apresentação. Com espetáculos diários era a febre da capital imperial do Brasil.
     
    O Alcazar mudou os hábitos conservadores da cidade com espetáculos ligeiros, vaudevilles, operetas, chansonnettes, além de bailes de máscaras e fantasias.
     
    O prédio ocupava os números 43, 45, 47, 49 e 51 da Rua da Vala, posteriormente denominada Rua Uruguaiana.
     
    A estrela da casa era a francesa Louise Aimée, uma "cocotte comedienne", que encantou até Machado de Assis. "Ela era uma figura leve, esbelta, graciosa com uma boca amorosamente fresca", declarou o escritor à época.
     
    Consta que Aimée gostava de ricos e poderosos. Bonita e talentosa causou suspiros na cidade de 1864 a 1868 quando retornou para a França.
     
    Seus espetáculos tinham fila na porta e ponto obrigatório no Rio "para ficar com francesas" já que o lugar era um cabaré com muitas dançarinas deste país. 
     
    Enquanto fazia a alegria de uns, era sinômimo de pesadelo para os conservadores e principalmente as esposas traídas.
     
    Segundo a revista Semana Ilustrada, ao deixar o país, "os padres voltaram a rezar missas, empregados públicos voltaram a assinar o ponto nas repartições, casais se reconciliaram, estudantes prosseguiram seus estudos e soldados lembraram de seus quartéis". 
     
    A artista foi tema do livro de Eilson Gurgel com um romance histórico intitulado "Mademoiselle Aimée".
     
    Ela pode ser comparada com a também bailarina italiana Marietta Baderna que alguns anos antes já se apresentava no Teatro Imperial de São Pedro de Alcântara abalando os corações dos cariocas.  


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