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  • Antiga Fortaleza da Conceição, já foi Palácio Episcopal e abriga Museu Cartográfico do Exército

    Da Redação em 21 de Dezembro de 2023    Informar erro
    Antiga Fortaleza da Conceição, já foi Palácio Episcopal e abriga Museu Cartográfico do Exército
    Local: Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército - Palácio da Conceição
    ENDEREÇO: Rua Major Daemon, 81 – Morro da Conceição
    CONTATO: (21) 2223-2177
    DETALHES: Funcionamento: terça a quinta das 09h às 16h, sexta de 08h ao meio dia. Sábado e domingo fechado.
    O Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército ocupa um prédio histórico do século XVIII no Morro da Conceição, centro do Rio. 
     
    Criado há 46 anos, a instituição preserva a memória da cartografia no Brasil com acervo aberto ao público que inclui não apenas mapas, mas bússolas, lunetas, equipamentos de topografia e fotos de missões cartográficas, além de imagens aéreas nas quais se pode acompanhar a evolução da ocupação do município do Rio de Janeiro.
     
    No mesmo endereço funciona o Centro de Operações Cartográficas da 5ª Divisão de Levantamento do Exército Brasileiro, responsável pela produção de documentos cartográficos na Região Sudeste. Mas a história do Palácio da Conceição, onde estão alojados, começou bem antes, ainda na primeira metade do século XVII, amparada mais na fé do que na tecnologia.
     
    Localização estratégica
    O Palácio da Conceição fica no alto do Morro da Conceição, que esteve ocupado desde os primórdios da fundação da cidade, em um trecho do centro do qual se tem uma vista privilegiada da Baía da Guanabara, entre a Praça Mauá e a Zona Portuária, no bairro da Saúde.
     
    Em 1634, uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Conceição foi construída por um devoto da santa no local onde, hoje, está o palácio. Quando Miguel Carvalho de Souza faleceu, em 1655, a viúva Maria Dantas fez a doação da capela e da chácara ao redor à Ordem do Carmo, sob a condição de que ali fosse aberto um convento.
     
    Passados quatro anos sem qualquer movimentação, o prelado autorizou, então, que um grupo de capuchinhos franceses construísse um abrigo para doentes mentais, concluído em 1669. Tensões políticas entre Portugal e França, no entanto, causaram a expulsão desses religiosos do Brasil em 1701, quando o prédio passou para o Cabido da Câmara. No ano seguinte, Dom Francisco de São Jerônimo, o novo regente da Sé, escolheu o lugar para moradia, e, depois de obras de ampliação, inaugurou o Palácio Episcopal.
     
    Palácio fica no alto do Morro da Conceição
    Com paredes feitas de pedra e cal e acabamento em cantaria, o palácio tem dois pavimentos. Desde o século XVIII, já passou por diversas reformas, apresentando, hoje, o estilo neoclássico. Em 1905, quando um total de 12 bispos já havia habitado ali, a residência oficial foi transferida para o Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, situado no bairro da Glória. Desocupado até 1923, o prédio foi comprado pelo Ministério da Guerra, que era proprietário da Fortaleza da Conceição, logo ao lado, e passou a sediar o Serviço Geográfico do Exército.
     
    Defesa do território nacional
    Depois das tentativas malogradas no século XVI, que levaram à fundação do Rio de Janeiro, em 1565, corsários franceses voltaram a invadir a cidade em 1711. Preventivamente, uma fortificação com projeto do Brigadeiro Massé foi erguida nos fundos do Palácio Episcopal entre 1715 e 1718, e batizada de Fortaleza da Conceição por estar no morro de mesmo nome.
     
    Ela é protegida por uma muralha bem alta e de grande espessura, guardada por guaritas nas extremidades. Por ironia do destino, a fortaleza jamais serviu para o fim a que se destinava. Não ocorreu mais nenhuma investida estrangeira e, com o tempo, o aparato bélico foi sendo desarmado, para impedir que estrondos de canhão tirassem o sossego das autoridades eclesiásticas que tinham chegado primeiro na vizinhança.
     
    No entanto, a construção chegou a ser utilizada como fábrica de armas, prisão política e quartel. Na área externa da fortaleza fica a Casa das Armas, construída em forma de capela para despistar quem espionasse, e também uma masmorra, onde o poeta Tomás Antônio Gonzaga esteve preso antes de ser degredado para Moçambique, como pena por ter participado da Inconfidência Mineira.
     
    Apenas no século XX, por volta de 1917, se iniciaram na fortaleza os primeiros projetos cartográficos de interesse nacional. Um grupo de técnicos austríacos, especializado em aerofotogrametria, foi convidado para dar consultoria nos trabalhos da chamada Missão Austríaca.
     
    Devido ao crescimento espontâneo do departamento, a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército decidiu adquirir e reformar o Palácio Episcopal, que passou a integrar as instalações do complexo. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o palácio e a fortaleza no ano de 1938.
     
    O Morro da Conceição tem ainda outros pontos que merecem ser visitados. O Observatório do Valongo, sede do curso de Astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, oferece algumas programações abertas ao público, como a observação noturna do céu. O casario do morro também é uma atração à parte.
     
    Vários de seus sobrados e vilas datam do século XIX, quando imigrantes, principalmente portugueses, mudaram-se para lá atraídos pelas possibilidades de trabalho oferecidas pelo cais do porto. As casas mantêm-se conservadas até hoje e, em muitas delas, ainda moram os descendentes dos imigrantes e ainda artistas plásticos que têm ateliês no local. 
     
    Fonte: Portal Museus do Rio e Multirio

    VÍDEOS

    Museu Cartográfico do Exército


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