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  • Capela de Nossa Senhora da Cabeça, do século XVII, uma das mais antigas construções do Rio

    Da Redação em 18 de Março de 2021    Informar erro
    Capela de Nossa Senhora da Cabeça, do século XVII, uma das mais antigas construções do Rio
    Local: Capela de Nossa Senhora da Cabeça
    DETALHES: Fechada para visitação
    No meio da mata, no alto do Jardim Botânico, fica um dos mais antigos templos religiosos da cidade. Construída, provavelmente entre 1603 e 1607, a Capela de N. S. da Cabeça fica dentro dos terrenos do antigo Engenho d´El Rey, que se estendia por toda a área entre a lagoa e as encostas do Corcovado, desde a Gávea até o Humaitá, com sede na área onde hoje está o Jardim Botânico.
     
    A capela de Nossa Senhora da Cabeça está situada nos terrenos da Casa Maternal Mello Mattos, na Rua Faro 80, na encosta do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, envolta pela mata remanescente da Floresta da Tijuca.
     
    Pela sua importância histórica, além do tombamento federal que data de 1965, esta recebeu também o tombamento municipal, através do Decreto n°24.525 de 13 de agosto de 2004.
     
    A capela de Nossa Senhora da Cabeça foi construída a meia encosta da serra da Carioca, às margens de um riacho que também tomou o nome de Cabeça.
     
    Há registro de reformas na capela nos anos de 1856, 1902, 1943 e 1992, mas tendo mantido sua configuração original ela foi descrita como um autêntico exemplar da arquitetura rural do período colonial.
     
    É composta por fachada simples com frontão triangular e ombreiras de cantaria, com duas janelas gradeadas e uma porta almofadada de madeira.
     
    O acesso à capela é precedido de alpendre, com telhado apoiado em duas colunetas de estilo toscano. Internamente possui apenas um cômodo pavimentado com lajotas de barro e coberto por abóbada de berço feita de alvenaria. Possui altar de madeira com veios policromados que data do século XVIII.
     
    A Obra de Restauração. A Obra Social do Rio de Janeiro em parceria com a SEDREPAHC, atual SUBPC, e patrocínio do Instituto Vivo realizou as obras de restauração da Capela de N.S. da Cabeça.
     
    Estas foram iniciadas em 2005 com as prospecções arqueológicas que tiveram como objetivo compreender as modificações ocorridas na edificação, as transformações em suas feições originais, alterações de níveis de pisos, técnicas e materiais construtivos empregados na sua construção e intervenções posteriores.
     
    Vestígios de louça, vidro, e outros materiais remanescentes do período em que funcionava ali a antiga fazenda e engenho, nos séculos XVII, XVIII e XIX foram encontrados na lateral da murada à direita da capela. Camada de areia e pedras, com arrumação que sugere a localização da antiga torre foi encontrada junto à descida da escada no adro.
     
    História 
     
    Em fins do século XVI e início do XVII o processo de colonização da cidade do Rio de Janeiro, fundada em 1565, encontrava-se em fase de expansão. As regiões hoje conhecidas por Tijuca, Laranjeiras, Gávea e Andaraí eram dominadas pelos engenhos de açúcar.
     
    Por ordem da metrópole foi construída entre 1576-1577 uma fábrica de açúcar nas proximidades da Lagoa de Sacopenapan, a qual recebeu o nome de Engenho d'El Rei fato este de grande relevância para o desenvolvimento da região.
     
    A construção de capelas tornou-se comum nas fazendas e chácaras de proprietários com situação econômica favorável. As capelas poderiam ter a concessão para realizar casamentos, batismos além das missas.
     
    Algumas poderiam até conseguir a permissão para ter cemitérios, sendo comum o sepultamento do proprietário e seus familiares.
     
    A capela compunha o programa arquitetônico das fazendas e engenhos com o objetivo de suprir as necessidades religiosas de seus habitantes, evitando o deslocamento destes para a paróquia.
     
    O Engenho d'El Rei segue este padrão, pois foi erigida durante a administração do Governador Martim Correia, uma capela (1625 a 1632), próxima a Casa Grande, dedicada a Nossa Senhora da Cabeça.
     
    A cabeça a que se refere a designação é o nome de um pico da Serra Morena, na Andaluzia, Espanha, onde, em 1227, em meio a uma fogueira, Nossa Senhora apareceu diante do pastor Juan de Rivas. Pedia que o pastor fosse à vila de Andújar avisar ao povo que Deus queria que fosse, naquele local, construído um santuário. Juan prometeu atender ao pedido, mas receou que não acreditassem nele.
     
    A Virgem, então, restituiu-lhe o braço que lhe havia sido decepado na luta contra os mouros; o milagre serviria de prova. A população, entusiasmada, proclamou Nossa Senhora da Cabeça padroeira da vila, e construiu, no local da aparição, um belo santuário.
     
    Fonte: Prefeitura do Rio/Jackeline de Macedo
     


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