No início do século XX, o boxe era praticamente desconhecido no Brasil. Os poucos praticantes existentes na época eram imigrantes alemães e italianos moradores do Rio Grande do Sul e São Paulo.
A primeira luta realizada no Brasil foi em 1913, na cidade de São Paulo. No Rio de Janeiro, o esporte só despontou a partir de 1919 quando o marinheiro Goes Neto, que havia aprendido técnicas na Europa, resolveu fazer algumas exibições na cidade. As lutas aconteciam em praças públicas e, apesar do assombro inicial, caíram no gosto do carioca.
Em uma destas exibições, estava o sobrinho do Presidente da República Rodrigues Alves, que se apaixonou pelo boxe.
Com o apoio de Rodrigues Alves, a difusão do esporte ficou mais fácil e entre os anos de 1920 e 1921, foram criadas academias e o boxe passou a ser um esporte regulamentado, com a criação das "comissões municipais de boxe" em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro.
Em 1922 o Brasil teve seu primeiro pugilista a ganhar destaque. Benedito dos Santos, conhecido como Ditão, começou a treinar boxe numa academia de São Paulo. Era um negro de porte gigantesco com enorme talento para o boxe e detentor de um direto potente.
No início de 1923 estreando como profissional, derrotou sem nenhuma dificuldade seus três primeiros adversários, todos no primeiro round.
O destaque do pugilista logo despertou o assédio dos empresários. Foi então organizada uma luta entre Ditão e o campeão europeu Hermínio Spalla, pugilista italiano que tinha um cartel com mais de 60 lutas.
Ditão começou o combate derrubando Spalla no primeiro round, porém, o campeão europeu massacrou o lutador brasileiro no decorrer da luta e Ditão além de ter sido derrotado acabou sofrendo um derrame, do qual encerrou a sua carreira para o resto de sua vida.
Com este episódio, o boxe brasileiro foi duramente criticado e passou a ser proibido até meados de 1925.
O grande momento do boxe brasileiro aconteceu a partir da década de 1950 com a sua popularização e por revelar grandes boxeadores. Entre eles, nomes como o de Kaled Curi, Luisão, Ralf Zumbano e o grande Éder Jofre, o maior boxeador da história do boxe brasileiro.
Nesta época Éder Jofre participou dos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália, em 1956, o que fez ele despontar no boxe profissional. Apesar de não trazer nenhuma medalha das olimpíadas, Jofre foi responsável por vários títulos importantes. Destaque para o brasileiro dos pesos-galo, em 1958. Porém, o auge de títulos conquistados por Éder Jofre seria na década de 1960.
Foto: Arquivo Nacional
Fonte: Wikipedia