Um lugar incrível no litoral sul do Rio de Janeiro é a Vila Histórica de Mambucaba, no 4º distrito do município de Angra dos Reis. Reconhecida como vila histórica, guarda casarões coloniais sendo ponto de veraneio muito procurado nas férias com pousadas, hotéis e campings. Tem cerca de 700 habitantes, atingindo aproximadamente 10.000 visitantes no verão.
O local possui lugares lindos nos bairros Parque Mambucaba (Perequê), Praia Vermelha, Vila Residencial Praia Brava e Boa Vista.
O acesso ao povoado é feito pela Rodovia Governador Mário Covas, também conhecida como Rodovia Rio-Santos .
O primeiro registro de Mambucaba é a aldeia Tamoio de Mambucaba, que é citada no livro de "1557 História Verídica e Descrição de uma Terra de Selvagens", do mercenário alemão Hans Staden que estabeleceu contato com os índios locais no século XVI.
Do final do século 18 ao 19, o povoado foi importante exportador de café e importador de escravos para o Vale do Paraíba, localizado na foz do rio Mambucaba. Na vila foram construídas casas durante a época áurea da plantação de café, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário, razoável atividade de comércio, com registros de um estabelecimento para um vice-cônsul da França.
Com a decadência do porto, após a ligação ferroviária entre São Paulo e Rio de Janeiro em 1872, o vilarejo passou por décadas de abandono e letargia econômica. Em 1968, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — IPHAN, o vilarejo histórico de Mambucaba é um dos sítios históricos brasileiros que foram tombados em sua totalidade, não apenas as edificações, com o traçado urbanístico e equipamentos relacionados a também a ocupação do local.
A construção da rodovia Rio-Santos no início da década de 1970 ameaçou o vilarejo, gerando diversos protestos de movimentos culturais da sociedade em Angra dos Reis. Nessa década, a delegacia existente foi desativada e uma companhia de polícia militar instalada em quartéis à beira da rodovia, agora com o objetivo de dar proteção às obras de construção da usina nuclear.
Hoje, o antigo vilarejo, que guarda grande parte de seus casarões coloniais, é ponto de veraneio que vem de outras regiões do oeste fluminense, da cidade do Rio de Janeiro e do estado de São Paulo. Sua infraestrutura teve grandes melhorias nos últimos anos, tendo praticamente todas as ruas recebido pavimentação e iluminação pública. Um posto de saúde e uma escola também são oferecidos à população local pelo município de Angra dos Reis.
Há também vilas residenciais mantidas pela Eletrobras, empresa estatal de energia para os funcionários da Usina Nuclear de Angra.
Recentemente, o distrito ganhou um módulo do programa Policiamento Presente com efetivo permanente e viaturas.
Fonte: Wikipedia