Dez vezes maior que a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Lagoa Feia na divisa de Campos dos Goytacazes e Quissamã no estado do Rio de Janeiro, é um ecossistema, que ao contrário do que significa seu nome, é muito bonito e majestoso.
Ela recebeu esse nome porque foi "descoberta" em um dia de tempestade, quando suas águas revoltas assustaram os que lá chegaram.
A Lagoa Feia é a uma segunda maior laguna de água doce do Brasil. A primeira é a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
A origem do nome é inapropriado para um corpo d’água regulador de uma vasta região hidrográfica, constituída por dezenas de lagoas interconectadas por uma complexa rede de canais naturais e artificiais.
Coube ao célebre engenheiro Francisco Saturnino de Brito desvendar o intricado sistema hídrico da região. Em 1906, ele afirmava: "uma simples mudança do seu regime (da Lagoa Feia), um simples desnivelamento de suas águas, afeta um complicado e extenso sistema hidrográfico, podendo produzir ou o alagamento ou o dessecamento de uma considerável superfície de terrenos apropriados para a lavoura".
A lagoa serve como fonte de abastecimento de água potável para toda área urbana do município de Quissamã e para as localidades rurais do seu entorno.
As suas águas são utilizadas para irrigação em plantações de cana-de-açúcar, coco, abacaxi, etc. A região é toda cortada por canais e valas que conduzem a água da Lagoa Feia até as proximidades das plantações.
A Lagoa Feia é a principal fonte de pescado de água doce da região Norte Fluminenes, com exploração de pesca comercial de espécies como tilápia, acará, bagre e morobá.