Fechado desde 2018, quando um incêndio destruiu o prédio histórico e 85% de seu acervo, o Museu Nacional finalmente tem data para reabrir as portas ao público.
No dia 5 de junho, às vésperas de completar 207 anos, o icônico paço da Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, voltará a receber visitantes — ainda que parcialmente, com acesso restrito ao Bloco 1.
Quem entrar no museu será recebido por um símbolo de resistência: o meteorito Bendegó, uma imponente peça de mais de cinco toneladas, encontrada em 1784 no sertão da Bahia e que sobreviveu às chamas.
Erguido sobre a escadaria, haverá um esqueleto de baleia cachalote. O fóssil vai cobrir o pátio de entrada e seu processo de instalação já foi iniciado.
As paredes também estarão ornamentadas com parte da pintura decorativa original que, antes do incêndio, estava coberta por camadas de tinta. Por trás dessas camadas, foi possível encontrar ornamentos ilusionistas nas colunas, uma técnica difundida no século XIX que imita ranhuras nos pilares do edifício.
O anúncio da reabertura veio acompanhado da confirmação de uma nova doação de R$ 50 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que reforça o processo de reconstrução da instituição, vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A volta do Museu Nacional representa um passo fundamental na recuperação de um dos mais importantes patrimônios culturais e científicos do Brasil.