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  • Carioca, o Rio morto que já foi o principal fornecedor de água do Rio de Janeiro

    Da Redação em 12 de Setembro de 2021    Informar erro
    Carioca, o Rio morto que já foi o principal fornecedor de água do Rio de Janeiro

    O Rio Carioca nasce na serra do Corcovado, na Floresta da Tijuca e percorre os bairros de Cosme Velho, Laranjeiras, Catete e Flamengo até a Praia do Flamengo onde deságua. A maior parte de seu curso é, atualmente, subterrâneo: em apenas três trechos, suas águas correm a céu aberto. 
     
    O primeiro, na sua nascente, na Floresta da Tijuca; o segundo, junto ao Largo do Boticário, no Cosme Velho e o terceiro, na sua foz na Praia do Flamengo, junto à estação de tratamento de efluentes.
     
    O único trecho não poluído é a nascente perto das Paineiras. O "progresso" engoliu o rio e desapareceu com ele debaixo do asfalto.
     
    Durante mais de três séculos era a principal fonte de água doce que abastecia o Rio de Janeiro. No final da Rua Almirante Alexandrino 5440, em Santa Teresa, existe um reservatório do século XIX e uma trilha que leva até a nascente do Carioca, na altura da Paineiras. No caminho, dois atrativos: o Mirante da Guanabara e a Banheira do Imperador, primeira obra a escoar água do Rio Carioca.
     
    No século XVIII foi feito um desvio e suas águas percorriam também o bairro de Santa Teresa até o famoso aqueduto da Lapa onde abasteciam os chafarizes do Largo da Carioca e da Praça XV. Acabou até batizando o famoso largo em frente ao Convento de Santônio.
     
    O Rio Carioca é desde 2019, o primeiro curso d’água urbano do País a se tornar Patrimônio Cultural. O título foi conferido através de tombamento feito pelo INEPAC (Instituto Estadual de Patrimônio Cultural). 
     
    O tombamento abrange toda a sua extensão (cerca de 7,1 km), desde a nascente até a foz na Praia do Flamengo e a partir do decreto o seu curso não pode mais ser alterado.
     
    Os índios tamoios que viviam na região passaram a chamá-la de akari oka, que significa "casa de cascudo". "Cascudo" seria o apelido dado pelos índios aos portugueses, por causa da semelhança entre as armaduras dos portugueses e as placas características do corpo desse peixe.
     
    Os índios sempre exaltavam as propriedades mágicas do rio, que teriam o poder de embelezar que a bebesse. Durante o império, suas águas eram muito procuradas pelo corte e até hoje existe o chafariz 
     
    Antigos documentos relatam que o Carioca era bem mais caudaloso e pelo seu curso subiam até canoas.
     
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