Originalmente concebida como uma grande cervejaria, daí o nome "Canecão" (aumentativo de uma "caneca grande") e inaugurado em 1967, era a principal casa de espetáculos no Rio de Janeiro.
Uma safra importante de músicos começou a carreira lá. Como o terreno pertence à UFRJ, a universidade pediu a reintegração e o espaço fechou em 2010.
A expectativa é que saia do papel o projeto VivaUFRJ que prevê a transformação do lugar num espaço multiuso. Enquanto isso não vem, o velho canecão está em ruínas e abandonado.
A Alerj aprovou um projeto de lei, sancionada pelo governo estadual, de destombamento do imóvel onde funcionou o Canecão na Praia Vermelha. A volta de um equipamento cultural na região é um dos aspectos que mais chamam a atenção no projeto. O VivaUFRJ preservará o tipo de uso que marcou a memória da música na vida da cidade.
O terreno do antigo Canecão foi objeto de uma longa disputa judicial. As instalações originais eram simples estruturas metálicas, com pouca durabilidade e elas estão comprometidas. Conforme laudos técnicos produzidos pela UFRJ, não vale a pena recuperá-las.
Desde que retomou sua posse, houve tentativas de reabrir o espaço, mas nenhuma se mostrou sustentável a longo prazo. A solução foi finalmente concebida por meio de um escopo mais amplo de valorização do patrimônio da universidade, com o VivaUFRJ.
A UFRJ reconhece a necessidade de dar uma resposta à sociedade. E será uma solução duradoura. O novo equipamento cultural será multiuso, com características de uma casa de espetáculo para 1.500 pessoas. O uso musical, bem como de outros tipos de atividades artísticas, serão garantidos.