O prédio da antiga Fundição Progresso foi construído em 1881 para abrigar a primeira Fábrica de Fogões do Brasil. Ao longo de quase 100 anos fabricou cofres, fogões, ferros de engomar, caixas de água, sinos, portas e portões de ferro e aço, além de qualquer trabalho de fundição e serralheria. Tudo produzido com "ferro nacional”.
A fábrica foi desapropriada em 1975 para a construção de uma avenida, mas que acabou nunca saindo do papel. O grande galpão ficou desativado e em ruínas e ia ser demolido.
Em 1982, um grupo de ativistas culturais, tendo a frente os produtores Márcio Calvão e Perfeito Fortuna, conseguiu a posse do prédio e financiamento para transformar o espaço num "shopping cultural". Anos depois, Fortuna que já tinha criado o Circo Voador, acabou se desentendendo, foi morar no Alto Juruá na Amazônia onde ficou sete anos entre os índios e só voltou em 1999 para reassumir o espaço.
A obra aconteceu por etapas. Inicialmente foi feito o reforço estrutural do edifício, a reforma do telhado, o piso e posteriormente o grande teatro para 5 mil pessoas ao fundo.
Ao longo de quase 40 anos, o espaço se tornou o maior centro cultural independente do Rio de Janeiro, palco de espetáculos musicais, teatrais, circenses e festas.
Intrépida Trupe, Armazém Cia de Teatro, Teatro de Anônimo, Vídeo Fundição e Orquestra Petrobras Sinfônica são alguns dos grupos culturais que ocupam permanentemente o espaço para ensaios e apresentação de espetáculos.
A Fundição abrigou shows antológicos de artistas como Cássia Eller, Franz Ferdinand, Roberto Frejat, Caetano Veloso, Morrissey, Ziggy Marley, Motörhead, Slash e Marilyn Manson, além de sediar as edições de 2013 e 2014 do Anima Mundi, segundo maior festival de animação do mundo.
Fonte e fotos: Fundição Progresso
Leia mais: