Considerada a obra de engenharia do século, a Elevatória do Lameirão, em Santíssimo, é a maior elevatória subterrânea de água tratada do mundo.
A água trazida do rio Guandu é bombeada a 117 metros de altura para um túnel pressurizado (foto) de 32km até o Reservatório dos Macacos, na Gávea.
Construído no início dos anos 60, o complexo da CEDAE tem um tanque com 64 metros de profundidade. Uma galeria de acesso liga o prédio ao elevador social para ingresso de pessoas ao salão de bombas.
As galerias escavadas na rocha abrigam salões e bombas, motores, válvulas, bombas de esgotamento e de acesso. Estas galerias subterrâneas são dotadas de sistema de alarme, bombas de esgotamento e portas estanques do tipo submarino.
Toda água bombeada na Elevatória do Lameirão tem como procedência a Estação de Tratamento de Água do Guandu, a maior do mundo, localizada em Nova Iguaçu.
Cerca de 50% da água tratada no Guandu flui para a Elevatória do Lameirão que é responsável pelo abastecimento da Zona Sul, Centro, Bangu, Anchieta, Nilópolis, Acari, zona da Leopoldina, Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.
A CEDAE tem muitos problemas que precisam ser resolvidos com urgência. Mas, privatizar seria a melhor solução? Uma empresa pública de abastecimento garante um acesso democrático à água. Para se ter uma ideia, nas cidades do estado onde o abastecimento já está nas mãos da iniciativa privada, os moradores pagam até 70% a mais do que os atendidos só pela estatal.
A água já é negociada como commodity no mercado futuro em bolsa de valores. Está para o século XXI o que o petróleo esteve para o século XX.
Privatizar a CEDAE, significa entregar para a iniciativa privada a maior estrutura de produção de água potável do mundo, bem como licenças para captação em rios por até 50 anos.
Segundo Clovis Nascimento, vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro, a CEDAE tem um corpo técnico muito bom. Sua privatização vai ser ruim principalmente para a população pobre. A CEDAE é uma empresa de excelência e precisa continuar pública.
Fonte: CEDAE