Inaugurado em 1884, o Palácio de Cristal foi encomendado pelo Conde d'Eu nas oficinas da Société Anonyme de Saint-Sauveur, na cidade de Arras, na França. A estrutura pré-montada é inspirada no Palácio de Cristal de Londres e do Palácio de Cristal do Porto.
A intenção do Conde era presentear a Princesa Isabel para ela cultivar suas hortaliças. Depois serviu como pavilhão para as exposições de flores e produtos agrícolas que já aconteciam desde 1875 em outro local.
No dia 2 de fevereiro de 1879, sua pedra fundamental foi lançada, cabendo ao Engenheiro Eduardo Bonjean a tarefa de acompanhar a montagem do Palácio de Cristal na Praça Koblenz (ou Praça da Confluência), em Petrópolis.
Sua inauguração foi realizada no dia 2 de fevereiro de 1884, com um grandioso baile, que contou, inclusive, com a presença maciça de toda a Corte Imperial brasileira.
Em abril do mesmo ano, foi realizada a 4ª Exposição promovida pela Sociedade Agrícola e Hortícola de Petrópolis", que repetiu anualmente até 1886.
Após a Proclamação da República, o Palácio de Cristal foi relegado a segundo plano, entrando em decadência.
Em 1938, serviu o Palácio de Cristal de sede para o Museu Histórico de Petrópolis, por iniciativa do Dr. Alcindo Sodré. Criado o Museu Imperial, de novo fica vazio o importante imóvel.
No início da década de 1960, a Prefeitura de Petrópolis, durante o governo do prefeito Dr. Nelson de Sá Earp, propõe simplesmente demolir o palácio e construir um complexo esportivo municipal no terreno.
Contra a proposta de demolição forma-se um vigoroso movimento de historiadores e preservacionistas que conseguem salvar o Palácio quase que no último momento, quando tratores e operários já se movimentavam para realizar a destruição do monumento.
Por muito tempo ficou o Palácio sem qualquer finalidade, entregue ao desgaste do tempo, até que em 1970, iniciou-se uma série de restaurações, incluindo os jardins.
Exemplo típico de arquitetura dita "das grandes exposições", surgidas com a Revolução Industrial, no século passado, o Palácio de Cristal consiste em pré-moldado em estrutura metálica, formando cruz com braços retangulares nas laterais e em hemiciclo na frente e nos fundos com vãos preenchidos por vidros transparentes (originalmente, consistiam em cristais "bisotados" importados da Bélgica).
O Palácio é administrado pela Prefeitura de Petrópolis, sendo utilizado para diversas exposições promovidas pela Prefeitura ou por iniciativa particular.
O palácio e a sua praça, a 1º de setembro de 1960 recebeu proteção histórica provisória pelo o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pela notificação nº 833, tombando historicamente o Palácio de Cristal e seu entorno.
Nesta luta contra a demolição se destacou o historiador Guilherme Auler. Mas no que era o jardim do Palácio, já havia sido construída uma quadra poliesportiva, que só iria ser destruída na década de 1970 para recompor os jardins originais.
Em 1967 o palácio teve o tombamento histórico em definitivo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O local passou por uma grande reforma em 2022 que abrangeu a recuperação da área externa, incluindo a instalação do piso fulget no lugar do antigo pedrisco, a recuperação dos banheiros e a instalação de um elevador de acesso, e um segundo que inclui a parte estrutural entre outras partes como vidraçaria e pinturas.
Fonte: IPHAN e Wikipedia
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