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  • Inaugurada em 1905, Av. Rio Branco era uma réplica dos boulevards parisienses

    Da Redação em 20 de Janeiro de 2022    Informar erro
    Inaugurada em 1905, Av. Rio Branco era uma réplica dos boulevards parisienses

    A construção da Av. Central, a partir de 1904, exigiu a demolição de aproximadamente 600 prédios antigos. Com 1.800 metros de extensão e 33 metros de largura, ligando o porto à Av. Beira Mar, a nova avenida mudou a cara do Rio de Janeiro.
     
    Curioso e abusivo foi a portaria municipal que dava poderes ao prefeito de desapropriar e de tomar posse de casas sem procedimento judicial. Bastava fixar um aviso nas moradias que seriam derrubadas e concedendo um prazo estreito para que seus moradores saíssem.
     
    O projeto da obra foi chefiado pelo engenheiro André Gustavo Paulo de Frontin e incluia demolição, pistas, calçamentos, sistemas de esgoto, água, iluminação e eletricidade. 
     
    O estilo dos edifícios seguia o ecletismo francês com muita pompa e grandiosidade. Na formatação da rua, e isso vale até hoje, o trecho inicial da Praça Mauá até a Candelária, tinha foco nas casas de câmbio, negócios portuários, casa da moeda e bancos.
     
    O segundo trecho, entre o que é hoje a Av. Presidente Vargas e a Av. Almirante Barroso, era voltado para grandes magazins, moda, cafés, uma verdadeira vitrine para ser visto.
     
    O trecho final, da Almirante Barroso até o Obelisco, era voltado para a cultura e o entretenimento, não é a toa que a Cinelândia ganhou esse nome em função das diversas salas ao longo da praça. Destaque ainda para o Theatro Municipal (réplica da Ópera de Paris), a então Escola Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.
     
    Não é a toa que o Rio de Janeiro passou a ser chamada de Paris tropical. 
     
    A inauguração da Avenida Central aconteceu em 15 de novembro de 1905. O calçamento ganhou pedras portuguesas construídas por operários trazidos de Portugal especialmente para esta tarefa.
     
    A iluminação era outro destaque com lampadários a base de óleo de baléias. O canteiro central ganhou mudas de pau-brasil e vagas de estacionamento para a então pequena frota de automóveis da cidade.
     
    Consta que nos primórdios da então Av. Central, políticos locais chegaram a apresentar uma lei obrigando homens a usar trajes completos na avenida. Que obviamente nunca vingou...
     
    A partir 1912, a avenida foi rebatizada em homenagem ao diplomata e ministro das Relações Exteriores do Brasil, o Barão de Rio Branco falecido neste ano.
     
    Fonte: Multirio
     
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