TURISMO >> Histórias do Rio

  • Primeira Exposição Nacional da Indústria, em 1861, abriu as portas para os produtos brasileiros no mundo

    Da Redação em 09 de Julho de 2021    Informar erro
    Primeira Exposição Nacional da Indústria, em 1861, abriu as portas para os produtos brasileiros no mundo

    A Primeira Exposição Nacional da Indústria, realizada no Brasil, em 1861, era apoiada pelo governo imperial e organizada pela Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e pelo Imperial Instituto Fluminense de Agricultura. Era o primeiro inventário das riquezas naturais e industriais do Brasil.
     
    O evento visava escolher os produtos que iram representar o país na Exposição Universal em Londres, a se realizar em 1862. 
     
    Toda a mobilização para a organização da exposição demandou uma aposta financeira alta do governo e de importantes instituições do império comprometidos com todo o processo que envolvia a exposição dos produtos, desde a Exposição Nacional até a chegada deles ao exterior: transporte interno e externo, acondicionamento adequado, tratamento adequado das espécies por especialistas, montagem dos estandes do Brasil e do exterior, organizadores, comissões julgadoras, premiações, produção de catálogos imensos etc.
     
    Contando com mais de 50 mil visitantes, o primeiro evento organizado no Brasil surpreendeu pelo sucesso no número de expositores, de produtos e de visitantes.
     
    Na ocasião foram publicados os Catalogos dos Produtos Naturais e Industriais remetidos das províncias do Império do Brazil, com minuciosa descrição dos produtos da fauna, flora, recursos naturais e invenções diversas enviadas por cada uma das províncias.
     
    Da mesma forma, incentivou-se as províncias a organizarem suas exposições locais, criando-se para tanto as Instruções para as Exposições agrícolas nas Províncias do Império.
     
    Essa primeira exposição foi realizada na Escola Central, no Largo de São Francisco, prédio adequado para a instalação dos estandes e exposição dos produtos divididos em grupos: indústria agrícola, indústria fabril e manual, indústria metalúrgica, artes e produtos químicos, artigos manufaturados e belas artes.
     
    Entre as peças expostas estavam objetos de madeira, máquinas, relojoaria, tecidos, couro, cutelaria, vidros, tabaco, cerâmicas, esculturas, ferro e ferragens, óticos, velas, sabão, borracha, café, grãos, farmacéuticos, tapeçarias, bordados, almofadas, quadros, aquarelas, etc.
     
    A primeira exposição organizada na Corte envolveu um aparato significativo para receber produtos e visitantes, manter a exposição funcionando durante 16 dias e desempenhar a contento todo o procedimento de avaliação, seleção e premiação dos itens expostos.
     
    Para isso, o empenho em financiamento pago pelo Tesouro às províncias destinava-se em maior quantia àquelas que recolhiam produtos de regiões vizinhas e as organizavam para o envio até a Corte, como foi o caso do Pará. Com participação das províncias, o evento se tornou maior do que previa a comissão organizadora. Segundo o Relatório da Comissão, todo o edifício da Escola Central ficou lotado de produtos.
     
    Na inauguração da exposição, no dia 02 de dezembro, o Marquês de Abrantes, que presidia a comisão diretora da mostra, fez um discurso saudando os membros da Familia Real e D. Pedro II, quando então a exposição foi aberta e inaugurada.
     
    Após a execução do hino da exposição, composto pelo Maestro Carlos Gomes, os presentes percorreram todo o edifício.
     
    Fonte: Mônica de Souza Nunes Martins, publicado no scielo.br 
     
    Leia mais:


    • TURISMO QUE PODEM TE INTERESSAR

      1964, o ano da epidemia de "beijos" no carnaval carioca
      Saiba Mais
      Edifício Monte: um tesouro Art Déco de 1929 que encanta em Laranjeiras
      Saiba Mais
      O tesouro escondido de Angra dos Reis: a busca pelo meteorito perdido
      Saiba Mais


    • COMENTE AQUI

      código captcha

      O QUE ANDAM FALANDO DISSO:


      • Seja o primeiro a comentar este post

DIVULGAÇÃO