O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi construído entre 1905 a 1909, com base no projeto arquitetônico de Oliveira Passos, filho do então prefeito Pereira Passos. O projeto foi inspirado na Ópera de Paris e todo o material usado na construção foi importado da Europa.
Inclusive o "potente" ar refrigerado que fez do teatro o primeiro do Brasil a receber climatização. O sistema de ventilação e refrigeração foi adaptado de acordo com o que foi empregado pela casa Siemens/Schuckertwerke no Novo Theatro Municipal de Nuremberg, na Alemanha.
Dois ventiladores centrífugos de construção especial e de baixa rotação deslocavam 50 mil metros cúbicos de ar por hora. Com tal pressão de 7mm de coluna d’água. Um e outro introduziam o ar previamente tratado pelo teto da plateia e palco.
Esse mesmo sistema foi tomado pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a distribuição de ar foi realizada à baixa velocidade, difundindo-se pelo espaço antes de entrar em contato com o público.
Instalações mecânicas, elétrica, iluminação elétrica, de efeito de cena, ventilação e refrigeração de ar. Tal como equipamentos de alarme de incêndio e de fiscalização, foram montadas pela empresa Companhia Brasileira de Eletricidade “Siemens Schuckertwerke”.
A refrigeração era alcançada pelo sistema de compressão de gás sulfuroso, equipamentos foram colocados no subsolo, embaixo da entrada geral da frente do teatro. Esses equipamentos de refrigeração tinham tais capacidade de condicionadores como 200 mil quilocalorias por hora.
Para a realização da refrigeração do ambiente era feito da seguinte forma: cerca de duas horas antes de cada apresentação, o maquinista do sistema, colocava nove “teletermometros” em pontos estratégicos do lado de fora do teatro a fim de medir a temperatura.
Depois disso, o ar refrigerado era insuflado a uma temperatura de 15 graus mais baixo do que o exterior, de modo no qual no interior do Theatro houvesse uma diferença de temperatura cerca de 10 graus mais baixo da temperatura externa.
Na época, era previsto totais condições para uma boa funcionalidade da ventilação e uma continua renovação do ar, sem que ocorresse fortes jatos e impasses ofensivos à saúde e ao bem-estar dos visitantes e artistas.
Foi uma das primeiras instalações de condicionamento de ar no mundo, sendo hoje objeto de uso e estudo por profissionais e pesquisadores da história.