O edifício Chopin foi construído em 1956, sob encomenda do empreendedor polonês Henryk Spitzman Jordan que morou até a sua morte em 1967, em uma das coberturas de 2.000 m² com a mulher, a socialite Josefina Jordan .
O projeto modernista é do arquiteto francês Jacques Pilon sendo o primeiro edifício de Copacabana a ter janelas de vidro de cima a baixo.
Foi uma obra complexa que exigiu a demolição de parte da Pedra Inhangá, uma imensa rocha colada ao Copacabana Palace. Esse morro existe ainda atrás da Sala Baden Powell.
A construção do prédio provocou uma briga pública com D. Mariazinha Guinle, então proprietária do vizinho Copacabana Palace, que ameaçou erguer um muro para proteger a privacidade dos frequentadores da piscina do seu hotel.
O prédio é dividido em três blocos, batizados de Chopin (a parte da frente), Preludio e Ballada, tem 12 pavimentos e 60 unidades, todas com vista para o mar e área interna que varia de 250 a 1000 metros quadrados.
Com apartamentos de alto luxo e vizinho do hotel que é sinônimo de requinte, o imóvel desde sempre seduziu poderosos.
Ali residiram o presidente João Goulart, e a primeira-dama Maria Teresa, os empresários Adolpho Bloch e Alfredo Saad, cuja cobertura fez história por hospedar o rei do futebol e pelas festa homéricas nas noites de réveillon. Sem falar nas socialites Alice Saldanha Tamborindeguy, Regina Marcondes Ferraz e a filha Narcisa, esta última tida como peça-chave pela fama do edifício.
Nos réveillons sempre é comum a notícia de que os elevadores enguiçaram pelo volume de pessoas.
Morar no Chopin não é para qualquer bico. Numa rápida busca pela internet é possível achar unidades de três quartos a partir de R$ 6 milhões chegando até a R$ 40 milhões a cobertura. Quem mora na lateral tem como vista principal a suntuosa piscina do Copacabana Palace e parte do mar.
A equipe de funcionários é integrada por 27 pessoas, entre porteiros, faxineiros e garagistas.
Curioso é que no térreo tem lojas, apesar delas não darem para a Atlântica. Não é a toa que são sempre alugadas para estilistas pela proximidade do hotel de luxo.
Consta que, graças a um acordo de cavalheiros, os moradores do Chopin têm direito a usufruir dos serviços e dependências do hotel como clube desde que paguem uma taxa anual pela metade do preço.
Recentemente, o novo síndico do Chopin passou a adotar uma série de exigências para festas no local. Principalmente quanto ao horário de término e uso de equipamentos de sonorização.
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