A Bateria do Morro da Viúva estava localizada no alto do Morro da Viúva, na divisa entre a enseada do Flamengo e a enseada de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.
Erguida em 1863, a bateria foi construída no contexto da Questão Christie (1862-1865), um conflito diplomático entre o Brasil e o Império Britânico.
Sua principal finalidade era defender a Baía de Botafogo e a enseada do Flamengo até a altura do Passeio Público, colaborando com outras fortificações da região, como a Fortaleza de São João, o Forte da Laje e a Fortaleza de Villegagnon.
No entanto, a Bateria do Morro da Viúva, devido às suas dimensões reduzidas, baixa altitude e vulnerabilidade a tiros curvos, foi considerada de pouca importância militar ainda na década de 1880.
Em 1885, foi desarmada, conforme relatado por Barretto (1958). Uma fotografia de Augusto Malta, datada de 25 de outubro de 1906, registra o portão de armas da bateria, que ainda estava de pé na época.
Sobre esse portão, havia uma inscrição epigráfica em homenagem a Dom Pedro II, com a seguinte mensagem: "Petrus II - Braziliae Constitutionali Imperatore Perpetuo Defensore - Hoc Perfectum Monumentum Patrie Independentiae Quadragesimo Quarto. MDCCCLXVI" ("Petrus II - Imperador Constitucional Perpétuo do Brasil - Este perfeito monumento da independência da pátria no quadragésimo quarto ano. 1866").
Após sua conclusão em 1866, a bateria passou por várias reformas até 1872, mas acabou sendo arrasada por volta de 1923, quando foi demolida durante as obras para a abertura da atual Avenida Rui Barbosa.
Ainda há ruínas da construção hoje tomada pela mata e cercada de prédios.
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