Os restos mortais do imperador D. Pedro II e de sua esposa, a imperatriz Theresa Cristina, chegavam ao Brasil em 08 de janeiro de 1921. As urnas contendo seus despojos foram trasladadas de Lisboa ao Rio de Janeiro pelo couraçado São Paulo.
Os atos fúnebres realizados na sua chegada ao País, com todas as honras do chefe do Estado, foram marcados pela comoção. O cortejo fúnebre percorreu o centro do Rio e os restos mortais exibidos na Quinta da Boa Vista.
Mais de três décadas separam a partida e retorno de D. Pedro II ao Brasil, do exílio, imposto ao último monarca brasileiro com a Proclamação da República em 1889. Ao retorno após sua morte na França em 1891, transcorreram quase 32 anos.
O acontecimento que repatriou o imperador morto partiu dos preparativos para o centenário da Independência do Brasil que seria comemorado no ano seguinte, um evento preparado pelo governo de Epitácio Pessoa, intelectuais e altos membros do Estado republicano numa ação para ressignificar a nossa História Imperial.
A edição de 09 de janeiro de 1921 do Estadão trouxe detalhes sobre as homenagens e cerimônias de chegada das urnas com os despojos do imperador ao Rio de Janeiro.
Os restos mortais do imperador e da imperatriz Thereza Cristina foram sepultados na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis.
Fonte: Estadão