Surgida em 1961, por iniciativa do então arcebispo do Rio Dom Hélder Câmara, a Feira da Providência foi criada a fim de arrecadar fundos para a manutenção do Banco da Providência, entidade voltada para ações sociais em áreas carentes da cidade.
A primeira edição foi no Clube Piraquê, nos anos seguintes percorreu outros lugares como a Hípica, o Iate Clube e o Parque Lage até se fixar definitivamente na Lagoa em 1965 no trecho onde é hoje o heliporto e o Parque dos Patins.
Inicialmente era mais uma quermesse, mas cresceu ao longo dos anos. O sucesso culminou com a chegada de representações internacionais vendendo produtos de vários países, variedade de gastronomia, brinquedos e sorteios.
Era também disputada por vender produtos importados a preços acessíveis. Muitos deles eram doados pela Receita Federal em aprensões no porto da cidade. Muita gente esperava a feira com ansiedade para comprar perfumes, calça Lee, chocolates suíços e vitrolas. Outros porque era o ponto das paqueras.
Na inauguração, Dom Hélder agradeceu o sucesso de público. "A feira provou quanta gente boa existe no mundo onde todos dão sem pedir nada".
Em 1978, o local estava saturado e a feira passou a ser realizada no Riocentro, onde acontece até hoje. O sucesso foi ainda maior. Apesar da distância, cerca de meio milhão de cariocas compareciam no local no início dos anos 80.
A Feira terá a sua 60ª edição entre os dias 16 e 19 de dezembro de 2021 com cerca de 300 expositores.
Até hoje, o dinheiro vindo da Feira corresponde a 30% da receita destinada aos projetos do Banco. Desde que foi criada, seus cartazes foram desenhados pelo cartunista Ziraldo que nunca nada cobrou. O único ano que ela não aconteceu foi em 2020 em função da pandemia de Covid-19.
Fonte e fotos: O Globo
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