O amplo casarão em Santa Teresa, antes de ser comprado pelo francês Ferdinand Mentges, era um sanatório para doenças do pulmão.
Ele transformou o local no Grand Hotel International, com 150 leitos e apontado como um dos mais cosmopolitas do Rio na primeira metade do século XX. Por ficar no meio da floresta, a temperatura era muito mais amena que no Centro da cidade e tinha uma vista deslumbrante da Baía de Guanabara.
Além do prédio principal, possuia três vilas e 10 chalés, serviço completo, pianos e bilhares, quadras de tenis e campo de crickett, amplos salões, restaurante de comida internacional, elevadores, água quente. E ainda era servido por bondes saindo a cada 15 minutos até o Largo da Carioca.
Mas, não era para qualquer "bico", sendo preferido principalmente pelos estrangeiros com mais recursos financeiros. Recebeu hóspedes ilustres como Nijinsky em lua-de-mel, Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, entre outros.
Consta que desde que abriu as portas em 1892, toda segunda sexta-feira do mes, recebia intelectuais para encontros antológicos de literatura regados a gastronomia e vinhos franceses. Entre os presentes, Lucio Mendonça, Raul Pompeia, Artur de Azevedo, Rodrigo Otavio, Valentim Magalhaes, Urbano Duarte, Pedro Rabello, Henrique Magalhaes, Capistrano de Abreu, Araripe Junior.
Ao ser demolido na década de 50 virou o condomínio Equitativa, outro lugar com história no Rio de Janeiro.
Fonte: Saudades do Rio/Biblioteca Nacional
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